terça-feira, 2 de setembro de 2014

Give Me Love - One - Oh God


Lembranças. Era isso que se passava pela minha mente em todos os momentos, e isso não é bom.
Tristeza. Isso realmente era o que eu sentia depois de 10 anos.
Meu coração apertava toda vez que via uma foto nossa ou qualquer coisa que me faça lembrar dele.A chuva caia do céu até o chão, era uma noite fria e quase não se via a lua. Meu quarto estava escuro, as luzes apagadas e as janelas fechadas, meus olhos estavam inchados e, provavelmente, vermelhos de tanto chorar, meu estômago se mexia freneticamente, avisando que eu precisava de um comprimido, ou comida. "Você não pode comer e sabe disso." Meu subconsciente relembra, fazendo meus olhos lacrimejarem.
Mamãe estava trabalhando, acho eu. Ela nunca ficava em casa, nunca me via e nem se importava com isso.
Meus cachos louros estavam amarrados em um coque. Minha cama totalmente desarrumada me deixava confortável.
Bateram na porta, meu coração saltou, tinha me assustado. A maçaneta girava, não dando permissão a ninguém que queira me ver entrar, a porta estava trancada.
- (Seu Nome), abra a porta filha. - Meus olhos se arregalaram, minha mãe estava em casa. Me levantei de minha cama macia e quente, calcei meus chinelos e fui em direção a porta, lentamente, rodei a chave na fechadura, destrancando-a.
- Mãe? - Minha voz saiu surpresa, alguma coisa estava errada.
- Temos que conversar. - Disse ela, abrindo a porta e entrando no meu quarto escuro.
- Aconteceu algo? - Pergunto, acendendo a luz.
- Sim, aconteceu. - Sua voz falha, ela iria começar a chorar.
- Mãe, está chorando?
- NÃO ME CHAME DE MÃE. - Ela grita, me assustando.
- O que aconteceu? Me responda por favor.
- Eu pensei que tinha te dado uma boa criação. - Ela começa. - Só que a minha filha não é quem pensei que fosse, eu te dei amor (Seu Nome), muito amor, e, mesmo que me tenha separado de seu pai, não tinha o direito de fazer o que fez, eu tinha lhe ensinado com quem andar, para não andar com pessoas erradas. - Ela para e respira, engulo em seco, tendo uma idéia do que ela estava a falar. - Eu pensei que te conhecia, pensei que tinha lhe ensinado o que fazer com sua vida. Que decepção.
- Eu não quis fazer isso, foi um jeito de reagir, eu não sabia o que fazer naquela noite. - Respiro fundo e limpo o canto dos olhos.
- Você não deveria nem ter ido lá, com eles, EU FIQUEI DE LUTO (SEU NOME). - Ela grita.
- Eu não tenho que escutar isso. - Abro a porta e saio, passo pelo banheiro, lavando meu rosto com a água fria e arrumando meu cabelo para ter que encarar as pessoas que, provavelmente, estariam lá em baixo. Caminho em direção às escadas e desço, degrau por degrau, sem pressa. Ando até a cozinha, passando pela sala.
- (Seu Apelido)? - Não.
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Se eu estou a reescrever minhas histórias? Talvez. E eu gostei mais desse capítulo do que dos outros. Bye.

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